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SALEH  Cirurgia Vascular e Endovascular

                                  Prof. Dr. Samir Omar Saleh  - Cremesp 59085

                                           Dr. Kassem Samir Saleh - Cremesp 208744

 

CIRURGIA DA CARÓTIDA

 

 

 

 

 No que consiste?

 

A cirurgia mais freqüentemente realizada na artéria carótida é a chamada endarterectomia que consiste em desobstruir o vaso, removendo a placa de gordura que estreita sua luz . É uma cirurgia profilática que procura evitar que o paciente tenha um acidente vascular cerebral ("derrame") ou que evite um novo "derrame".

 

 

 Por que é necessária ?

 

A placa de arteriosclerose (gordura), estreitando a luz do vaso determina diminuição do fluxo sangüíneo para o cérebro e pode facilitar a formação de coágulos sobre ela. Estes coágulos podem se soltar e serem levados, pelo sangue, para o fundo do olho (retina), determinando cegueira passageira, ou podem ir para o cérebro, ocluindo vasos e podendo ocasionar paralisias (perda de força). As conseqüências destas obstruções podem ser transitórias (acidente isquêmico transitório) ou definitivas (acidente vascular cerebral), dependendo do tamanho dos fragmentos liberados e do local atingido no cérebro.

 

 

 O que o paciente sente quando tem estreitamente da carótida?

 

Os sintomas mais freqüentes são:

desfalecimento, dificuldade de articulação das palavras, perda de força e/ou adormecimento e/ ou formigamento numa metade do corpo ou num membro e apagamento ou embaçamento da visão em um olho.

no entanto, o paciente pode não sentir nada, sendo, o estreitamente da artéria, achado no exame clínico .

 

 

 Como é feito o diagnóstico?

 

O achado de sopro no pescoço, na projeção cutânea da artéria carótida, no exame do paciente indica a presença de estreitamente dessa artéria. No entanto, esse sopro pode ser detectado, também, em pacientes que não apresentam nenhum sintoma de insuficiência arterial cerebral. Por outro lado, alguns pacientes sintomáticos não apresentam esse sopro. Em qualquer dessas circunstâncias deve-se estudar a carótida com o ultrassom-Doppler que revelará as características da placa e o grau de estreitamente do vaso. Se este for acentuado (70% ou mais) ou se a placa for irregular e ulcerada , a solução terapêutica poderá ser cirúrgica, o que será confirmado pela angiorressonância ou pela arteriografia (cateterismo).

 

 

 Que tipo de anestesia é utilizada na operação e como é a recuperação pós-operatória?

 

A operação poderá ser realizada com anestesia geral ou com anestesia loco-regional, de acordo com a experiência do cirurgião e as características clinicas e psicológicas do paciente.

É conveniente que o paciente fique, nas primeiras 24 horas que se seguem ao ato operatório, na Unidade de Tratamento Intensivo e, se não houver intercorrências, após 72 horas pode ter alta hospitalar. Durante aproximadamente 15 dias deverá evitar fazer esforços físicos e, a seguir poderá, progressivamente, recomeçar suas atividades habituais.

 

 

 Quais os riscos dessa cirurgia?

 

A principal intercorrência da cirurgia da carótida e a mais temida é o acidente vascular cerebral (derrame), que é exatamente o que se quer evitar com a operação. Esta intercorrência é rara, ocorrendo em cerca de 1 a 2% dos pacientes durante a cirurgia.

Intercorrências de menor gravidade como hematoma local e lesões de nervos da região também não são freqüentes. Essas lesões decorrem, em geral, de tração de afastadores nos nervos, podendo ocasionar, transitoriamente, desvio da língua quando colocada para fora da boca, alteração no timbre da voz, rouquidão, queda do lábio interior do lado operado e dormência na orelha que desaparecem após 1 a 2 meses do ato cirúrgico.

 

 

 E a angioplastia?

 

Empregada em casos selecionados com resultados semelhantes a da cirurgia aberta.